domingo, 19 de maio de 2013

Relação entre irmãos


Olá mamães!

Bom, para quem não me conhece, meu nome é Claudia, tenho 23 anos e sou jornalista do jornal Valor Econômico. Tenho 5 irmãos e cuidei particularmente dos dois mais jovens, numa época em que meus pais trabalhavam muuuito. Eu e meu irmão mais novo, temos exatamente 10 anos de diferença um do outro. Outra coisa importante a saber, é: não, eu não tenho filhos.

Bom, apresentações feitas, vou contar porque estou aqui. Assim, por acaso, me ofereci (ou fui convidada, isso ainda não ficou claro para mim) para ser a colabora do blog No Fraldário. E desde que surgiu essa novidade, fiquei pensando de que forma eu poderia contribuir no dia a dia das mamães que leem esse blog, como já disse, filhos eu não tenho, e a maternidade ainda não está muita clara para mim. Tenho mãe, mas ser mãe é diferente do que somente observar o que a sua mãe faz de certo ou errado, acredito eu.

Foi quando uma luz no fim do túnel se acendeu e me mostrou qual o meu caminho aqui, foi uma jornada de autoconhecimento meninas (rs!). Resolvi pensar no que eu era boa. E pronto, eis uma inspiração: eu sou jornalista, de vez em quando decoro festas infantis, sou de uma curiosidade que muitos gatos por aí invejam (e não morri! Entenderam o trocadilho?) e sou filha, é isso que eu sou e é com essa visão que pretendo ajudar e ser ajudada no blog.

Pronto, minha missão será esclarecer dúvidas, dar dicas, correr atrás de respostas. Sabe tudo aquilo que você tinha vontade de perguntar, mas tinha vergonha, pois é, a hora é essa! Prometo usar meu “faro jornalístico” para correr atrás dos temas que estão intrigando vocês, vou conversar com médicos, mamães, tios, primas, pais, avós, sogras, todo mundo vai entrar na dança. Então perguntem, perguntem mesmo, ou mandem suas sugestões, que pelo menos uma vez na semana estarei aqui com um post quentinho respondendo tudo, ou tentando.

Tudo explicado? Vamos para o tema de hoje: relação entre irmãos. Não lembro exatamente como reagi quando minha irmã mais nova nasceu, mas lembro exatamente qual foi minha reação quando o meu irmão mais novo nasceu. Eu tinha 10 anos, estava em São Paulo há dois, a escola ainda era muito estranha e me lembro que ainda tinha um sotaque que fazia com que os outros colegas soubessem que eu era uma novata. A barriga da minha mãe cresceu e enquanto isso eu tentava fingir que nada estava acontecendo, até que um dia durante um almoço de sábado minha mãe deu o alarme, a bolsa tinha estourado. Todo mundo saiu correndo e eu fiquei lá responsável por cuidar da minha irmã, imaginando como esse bebê seria, se eu gostaria dele, se ele gostaria de mim, e como essa chegada afetaria minha vida.

Quando ele chegou foi estranho, eu não podia fazer barulho e minha mãe não podia passar muito tempo comigo, pois estava cansada. Meu pai tinha um sorriso que não se continha, era um menino com o mesmo nome que ele, e logo eu percebi que a felicidade era mútua, era o filho mais novo e o menino da minha mãe. Pensei: “pronto, virei órfã”.

O tempo passou, minha mãe voltou a trabalhar e com o tempo comecei a ganhar responsabilidades sobre aquele menininho, trocava fraldas, buscava na escola, fazia o almoço, o jantar, quando eles chegavam muito tarde, tinha que dar banho. Não, eu não estava sendo mãe, estava sendo irmã. E aí aprendi o significado dessa palavra, sabia qual era o meu espaço dentro do coração dos meus pais e qual era o meu papel para auxiliar no crescimento daquele bebê.




Mas será que é assim com todo mundo? Será que vocês mamães não estão aí tendo que enfrentar ciúmes ou rebeldias do filho mais velho com a chegada do filho mais novo? Para contar um pouco sobre isso, entrevistei a Marlene Priscila Nascimento, mais conhecida como Priscila, mãe de dois, mais recentemente, há dois meses para ser exata, mamãe do Bruce.

A filha mais velha da Priscila tem 7 anos de idade, o nome dela é Sophya, conheço ela, já dei aula para ela, e via o amor que ela tinha por outros bebês. “Ela sempre quis um irmãozinho e ficou muita animada quando soube que teria um”, conta Priscila.

Só que com o nascimento do pequeno  Eduardo Bruce, as coisas mudaram, a Priscila relata que a filha está rebelde e cobrando muito a atenção dela. “Agora tenho que me dividir mesmo entre os dois, tenho que conciliar ele com ela e tento conversar bastante com ela”, fala Priscila. “Ela mudou totalmente, diz até que eu não gosto mais dela, nós éramos muito apegadas e de repente tudo se desfez. Ela era um grude comigo!”.

“O que resolvi fazer foi escolher um dia e passar todo esse dia com ela, deixar o Bruce com minha mãe e me dedicar só a ela, um dia de mulheres”, explica Priscila. E com vocês, o que está funcionando? Especialistas dão essas dicas aí:

1-      Compartilhe seus sentimentos com a criança
2-      Envolva a criança na gestação
3-      Incentive o cuidado com o irmão mais novo
4-      Reserve um tempinho para o outro filho
5-      Combata o ciúme
6-      Estimule o amor entre irmãos
7-      Respeite seu tempo

Fico por aqui, espero ter ajudado vocês e aguardo os e-mails: claudiagonzales.jornalismo@gmail.com.

Beijos e até semana que vem!

2 comentários:

  1. Muito legal, eu também tenho uma filha com 5 anos e outra de 5 meses. Sempre envolvi minha princesa mais velha na gestação e ela sempre quis ter uma irmãzinha, nos primeiros dias e até nos primeiros 2 meses foi tudo indo super mãe, ela amava ter uma "bonequinha " de verdade em casa e me ajudava em tudo, sempre mto carinho, mas de um tempo pra cá anda mto rebelde e ciumenta, disse até q eu só amo a Amanda(minha bebe) e não a amo mais, ela pede mta atenção durante o dia e eu faço oq posso, mas acho mto importante mesmo q nos dediquemos aos nossos filhos mais velhos, pois o ciumes não é bom e pode desencadear traumas q a criança levará pro resto da vida, mesmo q não seja explicito, mas pode estar lá, guardado no seu subconsciente e explodir num momento delicado de sua vida, falo por experiencia proprio, pois eu ja vi pessoas q passaram por isso e até hoje "jogam" na cara da mãe q ela "amou" mais um filho q o outro!

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    1. Pois é, estava pensando inclusive em abordar o tema sobre traumas infantis, entrevistar psicólogos para saber como eles acontecem ao certo e que medidas devemos tomar para prevenir, porque existem sim, muitos casos de adultos que falam de seus traumas infantis. Sobre a relação de irmãos, essas dicas aí são bem válidas :)
      Beijos!

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